Lord of The Dance Versão para impressão
Diário do Nuno
Escrito por Nuno Frazão   
Domingo, 17 Outubro 2010 18:55

Inicio este artigo a 11 dias e 38 minutos de Michael Flatley voltar a dançar a sua criação Lord of The Dance nos palcos de Belfast, ainda com o entusiasmo de ter assistido esta tarde à penúltima actuação do mesmo espectáculo no Coliseu dos Recreios de Lisboa, interpretado pela sua companhia que seguirá agora para o Porto.

Lord

Lord of The Dance foi um espectáculo que assisti pela primeira vez na digressão Europeia de 1999, na altura numa mega produção no pavilhão Atlântico. Mais tarde, através do DVD do espectáculo e de um outro DVD do Making-Of do mesmo comecei a conhecer melhor o génio Michael Flatley, tendo, já em 2007 em Budapeste, adquirido a sua biografia cujas 321 páginas “devorei” em poucos dias.

O seu percurso é extremamente interessante e a forma como lutou pelo seu sonho, alicerçado num conjunto de princípios aprendidos ao longo de uma vida repleta de dificuldades, é bastante inspirador.

Em 2007, quando ainda me encontrava em Budapeste, acompanhei à distância o Campeonato Nacional de Seniores. Com um conjunto de jovens atiradores, onde pontificavam Miguel Teixeira, Ricardo Candeias, Filipe Pequito e Pedro Arede, perseguíamos o nosso primeiro Título por Equipas, confiantes que começávamos a reunir um valor de conjunto que tornava esta ambição legitima e exequível.

Quando chegaram as notícias da prova individual… ficou claro que precisávamos de algo extra e rápido para recuperar o grupo. Com 4 atiradores capazes de atingir lugares cimeiros, a primeira jornada fechava com Teixeira no quadro de 8 e os restantes… quadro 16.

Foi nessa altura que, com a bibliografia de Flatley na cabeceira do meu quarto, escrevi no “Diário do Nuno” – Mais um pouco de Michael Flatley

http://www.atlanticoesgrima.com/index.php?option=com_content&view=article&id=258:mais-um-pouco-de-michael-flatley&catid=4:diario-do-nuno&Itemid=32

Na Esgrima… e na vida, uns mais, outros menos, todos passamos por situações complicadas. Umas aparecem-nos sem aviso prévio e sem dependerem de nós, outras criamos nós cometendo erros, muitas vezes perfeitamente escusados e irracionais que só momentos mais tardes (e aqui a duração do momento depende da sensibilidade de cada um) reconhecemos  e, outras, simplesmente existem porque têm que existir e temos que passar por elas.

Pois é na passagem por estas situações complicadas que se descobrem os verdadeiros campeões. E como diz Flatley, aludindo às palavras do seu Pai – Não se trata de quantas vezes “caímos” mas sim de quantas vezes nos “levantamos”.

PS – ah… só para fechar a conversa. Em 2007… no tal Nacional de Equipas… Teixeira, Candeias, Pequito e Arede recuperaram de um primeiro dia desastroso… e conquistaram o nosso primeiro Título por Equipas.

Aquele primeiro dia não seria a última vez que iriamos “cair”… mas o segundo dia também está longe ter sido o último em que nos “levantámos”.